22 de jul. de 2008

Ajudar tá no sangue


22/07/2008 14:02
"Ajudar tá no sangue", afirma a nova campanha da Master para o Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde iniciou a veiculação, no último sábado, 19 de julho, de uma campanha para incentivar a doação de sangue, criada pela Master. O principal objetivo da estratégia de comunicação é aumentar significativamente o número de doadores voluntários e reverter o quadro no Brasil, onde faltam doadores. A Organização Mundial de Saúde determina que o número ideal de doadores para um país se situe na faixa entre 3,5% e 5% da população. No nosso país, esse índice não passa de 1,8%, ou seja, quase metade do limite mínimo. Essa situação fez com que o Ministério da Saúde inserisse doação de sangue na pauta de suas prioridades em 2008.

O mote “Ajudar está no sangue” assina todas as peças de comunicação, cujas mensagens enfocam as vantagens da doação de sangue para o doador e a sociedade na qual ele vive, afinal, doar com freqüência é uma reafirmação de boa saúde física e emocional. Dados mostram que a doação de sangue de uma pessoa pode salvar até quatro vidas.

Dedos em cima na veia da qual se coleta o sangue ilustram os textos da campanha, indicando firmeza, compromisso e, principalmente, o orgulho de quem doa sangue com freqüência.

O público-alvo da campanha é, obviamente, abrangente, visto que todo brasileiro com idade entre 18 e 65 anos pode ser doador. Atualmente, metade das doações é feita por pessoas que doam sistematicamente, sendo que homens representam 70% desse universo.

“Fora a prevalência de homens em relação às mulheres, os dados não permitem que seja designado um perfil de público-alvo. Pelo contrário, frente às necessidades do Ministério da Saúde, a campanha foca o aumento do número de doadores em quantidade. Por isso, o público não está limitado por características restritivas”, explica Claudio Freire, diretor de criação da Master, em comunicado enviado ao PortaldaPropaganda.com.

A campanha é composta por filme de 30”, spot, cartaz, folder e peças de mobiliário urbano. No comercial, a frase “ajudar tá no sangue” acompanha cenas de pessoas ajudando umas às outras de diversas formas, especialmente em salvamentos e atos heróicos.

Ficha Técnica
Agência: Master Comunicação;
Anunciante: Ministério da Saúde;
Campanha: "Ajudar está no sangue";
Criação: Saulo Ângelo, Fábio Ludwig, Tiago Frechiani e Cícero Fraga;
Direção de criação: Claudio Freire;
Produção do filme: Like Filmes;
Produção do spot: Angelis Produção;
Cromo: Duda Fotografia;
Atendimento: Ulysses Ferraz;
Mídia: Iandra Siqueira, Luana Roque e Carolina Lima;
RTVC: Thaysa Bono;
Aprovação pelo cliente: Marcier Trombiere e Juliana Costa Vieira Cajado.


Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, faltam doadores. Nos últimos anos, as doações vêm caindo, enquanto a demanda não pára de aumentar. De acordo com dados da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, em 2006, foram registrados 3.337.823 doadores e, em 2007, esse número caiu para 3.307.346.

“É preciso que ocorra uma mudança de comportamento da população em relação à doação voluntária de sangue. A importância deste ato precisa ser incorporada como um valor social e um compromisso com a coletividade”, afirma o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez.

PERFIL – A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que a média da população doadora de sangue deve estar entre 3% e 5% em relação à população total do país. Países como Canadá e Inglaterra já atingiram mais de 5%. Entre todos que doaram sangue nos últimos cinco anos (média de 1,8% da população brasileira), 40% o fizeram, pelo menos, duas vezes ao ano – o que é considerado por especialistas um índice baixo. Os homens são responsáveis por mais de 70% das doações e a faixa etária mais atuante, 50%, é de jovens entre 18 e 29 anos.

As principais causas de o brasileiro não ser doador freqüente é a falta de informação sobre a importância e a necessidade de se doar, a falta de motivação, alguns mitos que envolvem o processo e a ausência de cultura de uma doação regular.

Desfazendo mitos
- Doar sangue não dói, é fácil, rápido, não afeta a sua saúde e várias vidas são salvas;
- A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde, pois a recuperação ocorre imediatamente após a doação. Uma pessoa adulta tem, em média, 5 litros de sangue em seu organismo. Durante a doação, são coletados no máximo 450ml de sangue.

Condições básicas para doar sangue
- Sentir-se bem, com saúde;
- Apresentar documento com foto, válido em todo território nacional;
- Ter entre 18 e 65 anos de idade;
- Pesar acima de 50kg.

Onde doar sangue
- Cada capital brasileira tem um hemocentro que é responsável por coordenar todas as atividades e serviços hemoterápicos de seu estado. A doação de sangue pode ser feita em um hemocentro ou em uma unidade de coleta mais próxima.

Em Brasília, a Fundação Hemocentro fica no Setor Médico Hospitalar Norte, quadra 03, conjunto A, Bloco 03, próximo ao HRAN, no início da Asa Norte.
O atendimento é feito de segunda a sábado, das 7h às 18h.
Telefone para informações: 160 ou (61) 3327-4424.
Você ainda pode doar sangue em uma das Unidades de Hemoterapia e Hematologia dos seguintes hospitais:
- Hospital Regional de Taguatinga - HRT
(Oxx61) 3353-1018/3353-1020.
- Hospital Regional do Gama - HRG
As doações neste local ocorrem 01 (uma) vez por semana, todas às quartas-feiras, das 7h30 às 16h, na Unidade Móvel (ônibus) do Hemocentro.
(0xx61) 3556-1422 ramais: 274/275.
- Hospital Regional da Ceilândia - HRC
As doações neste local ocorrem 02 (duas) vezes ao mês, na Unidade Móvel (ônibus) do Hemocentro.
- Hospital Regional de Sobradinho - HRS
As doações neste local ocorrem 02 (duas) vezes ao mês, na Unidade Móvel (ônibus) do Hemocentro.

Recomendações para a doação
- Nunca doar sangue em jejum;
- Fazer um repouso mínimo de 6 horas na noite anterior à doação;
- Não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores;
- Evitar fumar por pelo menos 2 horas antes da doação;
- Evitar alimentos gordurosos.

Quem não pode doar
- Quem teve diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade;
- Mulheres grávidas ou amamentando;
- Pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas;
- Usuários de drogas;
- Aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos.

O que acontece depois da doação?
O doador recebe um lanche, instruções referentes ao seu bem-estar e pode, posteriormente, conhecer os resultados dos exames que serão feitos em seu sangue. Estes testes detectam doenças como AIDS, Sífilis, Doença de Chagas, HTLV I/II, Hepatites B e C, além de outro exame para saber o tipo sanguíneo. Se for necessário confirmar algum desses testes, o doador será convocado para coletar uma nova amostra e, se necessário, encaminhado a um serviço de saúde. É importante lembrar que os exames visam principalmente à qualidade do sangue e não incentivar os exames como um benefício para o doador.

O que acontece com o sangue doado?
Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (como hemácias, plaquetas e plasma) e assim poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais da cidade para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados.

Doar sangue é seguro?
Doar sangue não oferece riscos ao doador porque nenhum material usado na coleta do sangue é reutilizado, eliminando assim qualquer possibilidade de contaminação de forma que a segurança na coleta de sangue é absoluta.

Quanto tempo demora para doar sangue?
O ato de doar sangue não leva mais que dez minutos e acontece após consulta com médicos especializados que vão dizer se você está apto ou não para doar. No Hemocentro de Brasília todo o processo dura em média 50 minutos.

Doar sangue engorda ou emagrece?
Não há qualquer tipo de alteração na parte física de quem doa.

Quem doa sangue uma vez é obrigado a doar sempre?
Não, doar sangue não cria dependência no organismo da pessoa.

Doar sangue engrossa ou afina o sangue?
Ao doar, o seu sangue não sofre qualquer alteração.

Que quantidade de sangue é doado?
Uma pessoa adulta tem em média 5 litros de sangue. Em cada doação o máximo de sangue retirado é de 450 ml.

Quantas vezes por ano uma pessoa pode doar sangue?
O homem pode doar de 2 em 2 meses, no máximo 4 vezes ao ano. Já a mulher somente de 3 em 3 meses, com no máximo 3 doações anuais.

Qual é o tipo de sangue mais importante?
Todos. Não há tipo de sangue mais importante do que outros. Todos são importantes para salvar vidas.

O que é um doador voluntário?
É aquele que doa espontânea, altruísta e voluntariamente. Sua doação é anônima, não vinculada.

O que é doador de reposição?
É aquele que doa para repor os estoques de sangue de um hospital e sua doação pode ser vinculada a um paciente ou não.

Qual a ocorrência do tipo sanguíneo na população?
O (45%); A (42%); B (10%); AB (3%).
O+ =36%; O - = 9%; A + = 34%; A - = 8%; B + = 8%; B - = 2%; AB + = 2,5%; AB - = 0,5%.

Importante
Doar sangue é um gesto voluntário sendo proibido por lei qualquer forma de pagamento por este ato.



O ato de doar sangue é de extrema importância. E, para quem tem medo de agulha, não se preocupe, realmente não dói. Experiência própria. Pense nas pessoas que você poderia salvar não fosse esse medo bobo.

Todas as pessoas aptas à doação de sangue, deveriam tomar consciência do quanto ajudariam quem precisa, doando um pouco daquilo que corre em suas veias. Parece já tão batido esse discurso que, às vezes, nem nos sensibilizamos mais. Pena que foi preciso o Ministério da Saúde fazer uma campanha para incentivar a doação de sangue. Bom seria, se já fôssemos predispostos a um grande gesto de amor como esse.

Pense nisso. E mexa-se!


Fontes

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